Olá, eu sou o Dr. Rodrigo Braz, médico urologista, especialista em cirurgias minimamente invasivas e neste artigo vamos falar tudo sobre Nefrectomia parcial e total.
A indicação da nefrectomia parcial e total é um tema recorrente na urologia moderna, pois essas cirurgias se tornaram essenciais no tratamento de tumores renais, traumas graves e algumas doenças renais crônicas. Com os avanços das técnicas cirúrgicas, especialmente das abordagens minimamente invasivas (laparoscópicas e robóticas), os resultados para os pacientes têm sido cada vez melhores, preservando função renal e garantindo qualidade de vida.
O que é a nefrectomia parcial e total?
- Nefrectomia parcial: É a remoção cirúrgica de apenas uma parte do rim, geralmente indicada quando o tumor é pequeno (até 4 cm) ou em localizações favoráveis, permitindo preservar o restante do órgão saudável. O objetivo é retirar a lesão preservando o máximo possível de tecido renal, reduzindo o risco de insuficiência renal futura.
- Nefrectomia total (ou radical): Consiste na retirada completa do rim, incluindo a gordura perirrenal e, em alguns casos, a glândula adrenal e gânglios linfáticos próximos. Está indicada para tumores grandes, infiltração além do rim, múltiplas lesões ou quando não há possibilidade de preservar o órgão.
Nefrectomia parcial ou total: Quando cada uma está indicada?
A escolha entre nefrectomia parcial e total leva em conta:
- Tamanho e localização do tumor renal
- Presença de função renal reduzida no outro rim
- Doenças pré-existentes (diabetes, hipertensão, insuficiência renal)
- Número de lesões renais
- Preferência do paciente e experiência do cirurgião
A nefrectomia parcial é preferida sempre que possível, pois preserva mais função renal e reduz risco de evolução para diálise. No entanto, a nefrectomia total ainda é necessária em até 65% dos casos de câncer renal, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Estatísticas no Brasil
- O câncer de rim representa 2-3% de todos os tumores malignos, com cerca de 7 mil novos casos anuais no país.
- Cerca de 30 a 40% das nefrectomias oncológicas realizadas no Brasil já são feitas por vídeo ou robótica, o que gera menos dor, menor tempo de internação e recuperação mais rápida.
- Em hospitais referência, até 35% das cirurgias podem ser nefrectomias parciais em casos selecionados.
Como é realizada a nefrectomia parcial e total?
Ambas podem ser realizadas por técnicas abertas, laparoscópicas ou robóticas. A escolha depende do caso e da infraestrutura disponível:
- Parcial: O tumor é removido com margem de segurança de tecido sadio, preservando o restante do rim. O sangramento é controlado por pinçamento temporário dos vasos.
- Total: O rim é cuidadosamente descolado dos tecidos ao redor, vasos e ureter são ligados e o órgão é removido por uma pequena incisão.
Recuperação e qualidade de vida após a nefrectomia parcial e total
O paciente geralmente recebe alta em até 3 dias (em cirurgias minimamente invasivas). O retorno às atividades depende da técnica, mas a maioria volta à rotina em 2-4 semanas. Na nefrectomia parcial, a função renal costuma ser quase totalmente preservada. Já na nefrectomia total, o rim remanescente assume toda a função do organismo; por isso, é fundamental acompanhamento para detectar qualquer sinal de sobrecarga ou insuficiência renal.
Alimentação balanceada, controle de doenças crônicas e acompanhamento com o urologista e nefrologista são essenciais para manter uma boa função renal e qualidade de vida.
A decisão entre nefrectomia parcial e total é individualizada e deve ser feita junto ao especialista, considerando a segurança oncológica e a preservação da saúde do paciente. Os avanços em cirurgia minimamente invasiva fazem com que hoje, cada vez mais, a indicação da nefrectomia parcial seja possível, sempre que adequado.
Se você recebeu indicação cirúrgica ou tem dúvidas sobre nefrectomia parcial e total, não deixe de buscar orientação personalizada. Clique aqui e agende uma consulta comigo para discutir o seu caso e todas as alternativas de tratamento.