Atendimento: Hospital Urológico e Hospital Brasília

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Com relação à epidemiologia, câncer de bexiga é a segunda neoplasia maligna mais frequente do trato geniturinário e corresponde a cerca de 6% de todos os tumores malignos. Atualmente, é a quarta neoplasia mais prevalente no sexo masculino e a oitava no feminino. Além disso, é mais frequente na raça branca, mais comum em homens que mulheres (proporção 3:1), com maior incidência na sexta década de vida. Esse grupo de tumores apresenta alta taxa de recorrência após resseção transuretral  completa do tumor, podendo chegar a 90% caso não seja realizado tratamento complementar intravesical.

Câncer de próstata é a malignidade mais comumente diagnosticada; constitui-se na segunda causa principal de morte por câncer em homens nos Estados Unidos. Em 2009, nos Estados Unidos, estimou-se a ocorrência de 192.000 casos novos e 27.000 mortes. Em 2005, foram diagnosticados 543.000 novos casos no mundo. No Brasil, para 2019 o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê cerca de 65.000 novos casos, com 8.000 mortes pela doença. Estima-se que atualmente o risco de um brasileiro ser diagnosticado com câncer de próstata seja de  1 em 6 indivíduos (15%) e o risco de óbito pela neoplasia é de 1 em 30 (3,3%). No Brasil, oscila próximo a 17/100 mil. A probabilidade de ocorrência de CaP em um homem com menos de 40 anos e de 1 para cada 10.000, em homens na faixa etária de 40 a 59 anos, é de 1 em 103, e em homens com 60 a 79 anos, 1 em 8. A investigação prostática deve começar aos 50 anos para quem não tem história de câncer de próstata na família com a realização de toque retal e exame de Psa Total e Livre. Para pacientes da raça negra ou histórico de câncer de próstata a investigação deve começar aos 45 anos. A mortalidade vem caindo em muitos países por vários motivos: disponibilização do PSA, diagnósticos precoces, migração para estádios mais iniciais ao diagnóstico, melhora do arsenal terapêutico e a popularização da prostatectomia radical (PR), radioterapia conformacional, braquiterapia, terapia minimamente invasiva (HIFU), aumento da eficácia da quimioterapia e bloqueadores hormonais.

Neoplasias malignas do rim apresentaram incidência crescente ao longo das últimas décadas, numa média de 2% ao ano. Câncer renal em adultos corresponde a 2 a 3% de todas as neoplasias malignas, com estimativa de cerca de 57 mil novos casos nos Estados Unidos e quase 13 mil óbitos pela doença em 2009. É o mais letal dos cânceres urológicos; tradicionalmente, mais de 40% dos pacientes morrem da sua doença, em contraste com 20% de mortalidade associada aos cânceres de próstata e de bexiga. Tumor renal é duas a três vezes mais frequente em homens, sendo mais prevalente dos 50 aos 70 anos. Câncer de rim pode ser esporádico ou estar associado a fatores genéticos/hereditários (como doença de VonHippel-Lindau e carcinoma renal hereditário), insuficiência renal crônica, doença renal cística adquirida e esclerose tuberosa.  Tabagismo é um fator de risco definitivo para câncer renal – duplica a chance de desenvolvimento desse tumor e contribui com pelo menos um terço de todos os casos. Outros fatores relacionados, porém não esclarecidos definitivamente, incluem obesidade, hipertensão arterial, cádmio, derivados da gasolina e de chumbo, irradiações e terapêutica com estrogênios. O aumento na incidência dos tumores renais se deve ao uso mais prevalente de ultrassonografia (US) e de tomografia computadorizada (TC) para avaliação de uma variedade de queixas abdominais ou gastrintestinais. No entanto, aumento dos diagnósticos de tumores assintomáticos não tem sido acompanhado de redução concomitante nas taxas de mortalidade.

Uma pesquisa com base na comunidade de homens entre 40 e 70 anos, 52% dos entrevistados informaram algum grau de disfunção erétil: 17% leve, 25% moderada, e 10 % grave. Entre as condições mais relacionadas de disfunção erétil estão a hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, tabagismo, obesidade/sedentarismo, tratamento de neoplasias pélvicas, HPB e medicamentos (antidepressivos, anti-hipertensivos, anticonvulsivantes, antipsicóticos). A avaliação laboratorial mínima: glicemia, perfil lipídico, testosterona total e livre. Em pacientes jovens e com poucos fatores de risco, é recomendável que se investigue mais profundamente, buscando dar um diagnóstico preciso e um prognóstico em relação ao tratamento. Nesses casos devemos fazer um TEFI com doppler e perfil laboratorial. O estudo da tumescência peniana noturna também pode ser realizado. Se esses exames estiverem normais, o paciente até pode fazer uso de medicação oral, porém é recomendável que ele seja encaminhado a um psicoterapeuta. O tratamento da disfunção erétil baseia-se de uma maneira prática em mudanças dos hábitos de vida, medicações orais, terapia com ondas de choque, terapia por injeção intra-cavernosa (TEFI)  e prótese peniana. O uso das medicações para disfunção erétil tem algumas contra-indicações absolutas e relativas que devem ser de conhecimento dos médicos urologistas.

Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) caracterizam-se pela transmissão preferencial por meio do ato sexual. Infecção sifilítica foi uma das principais doenças de grandes morbidade e mortalidade na civilização por sua disseminação sua extensão e gravidade na evolução natural às fases secundária e terciária. Nos dois últimos séculos, às quatro “moléstias clássicas” acrescentaram-se algumas categorias de hepatite e de infecções por protozoários e virais, como vírus da imunodeficiência humana (HIV) e papilomavírus (HPV).  Estatísticas apontam maior incidência de algumas DSTs na Região Nordeste e ainda focos urbanos importantes de doenças com repercussões mais sérias, como no Recife, onde estão um dos maiores índices mundiais de infecção pelo HPV e altíssima incidência de câncer de colo uterino, maior que o câncer de mama, mais prevalente como câncer ginecológico nas outras regiões do Brasil e do mundo. Em relação ao HPV, há maior incidência na raça negra, enquanto em povos e em países que praticam circuncisão em massa sua incidência é pífia. Nos últimos 20 anos, houve aumento na infecção pelo HIV.  Nas últimas três décadas também notamos aumento no número de infecção pelo HPV, tornando-a a primeira DST em incidência, com risco de 40 a 50% entre 15 a 25 anos e maior prevalência em mulheres nessa mesma faixa etária. Papilomavírus ainda trazem a preocupação de sua associação com câncer de colo uterino em mais de 90% dos casos e com participação expressiva nos cânceres da região anal, cavidade orofaríngea, cabeça, pescoço e esôfago.

Hidrocele:  

Acúmulo de líquido peritoneal ao redor do testículo, no interior da túnica vaginal, devido à persistência total ou parcial do processo vaginal, que acompanha o testículo na sua migração para o escroto. O diagnóstico é feito através de exame físico, palpação de bolsa escrotal com  massa indolor aderida ao cordão espermático, localizado desde junto do testículo até o orifício externo do canal inguinal. Como exame de imagem indica-se a ultra-sonografia de bolsa testicular com doppler, necessária para excluir massas sólidas (sarcoma de cordão espermático, massas paratesticulares) ou hérnia inguinal. O tratamento consiste na observação nos casos de pequeno volume e  cirurgia de hidrocelectomia nos casos de grande volume, pois muitas das vezes causa um grande desconforto ao paciente.

Varicocele:

Existe uma associação de varicocele e infertilidade muito embora 70% dos portadores de varicocele sejam férteis. A varicocele é a causa tratável mais comum de infertilidade masculina. A varicocele é a dilatação, alongamento e tortuosidade da veia espermática interna (plexo pampiniforme), mais comum à esquerda. Ela incide em cerca de 10 a 20% dos homens, podendo ser diagnosticada em qualquer fase da vida. Seu surgimento na puberdade está, provavelmente, relacionado com as mudanças fisiológicas que ocorrem, sendo raro observar em meninos com menos de 9 anos de idade. A provável causa da varicocele é a estase e/ou refluxo de sangue para as veias gonadais transmitindo-se para os testículos. As teorias mais aceitas são a incompetência ou ausência das válvulas da veia testicular e o diferencial de pressão durante a drenagem das veias gonadais para a cava e a veia renal. As evidências indicam que a varicocele pode alterar a produção de espermatozoides, muitas vezes resultando em infertilidade. A  fisiopatologia da infertilidade causada pela varicocele é controversa e não existe um consenso. Das várias hipóteses descritas as mais aceitas são a elevação da temperatura testicular causada pela estase do sangue no plexo pampiniforme que alteraria a função das células germinativas; esta mesma estase levaria a um edema intersticial que provocaria uma hipoxia testicular com subsequente dano ao tecido testicular; o refluxo de sangue da veia renal para a gonadal traria metabólicos renais e adrenais (esteroides e catecolaminas) para dentro do testículo causando efeitos deletérios para a espermatogênese. A varicocele sem alterações seminais não é suficiente para indicação de correção cirúrgica em casos de infertilidade conjugal. O tratamento cirúrgico da varicocele está indicado em homens adultos casados com infertilidade e alterações seminais ou solteiros com alterações seminais.

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma condição clínica frequente, acometendo mais de 50% dos homens a partir dos 60 anos de idade. Suas manifestações clínicas ocasionam sintomas urinários, piorando a qualidade de vida. Cerca de 30% dos homens irão tratar os sintomas decorrentes da HBP e 10% serão submetidos a cirurgia. Uma combinação de envelhecimento e de androgênios testiculares é necessária para ocorrer HBP. Inicia-se como uma proliferação do estroma, músculo e epitélio da região periuretral (zona de transição), que leva a obstrução do fluxo urinário, elevação da pressão vesical e hipertrofia do detrusor (músculo da bexiga). Os sintomas podem ser divididos em: armazenamento e esvaziamento. Essa classificação tem implicações práticas. Primeiro, as intervenções cirúrgicas tendem a se acompanhar de melhores resultados quando as queixas de esvaziamento predominam. Em segundo lugar, quando o quadro de armazenamento prepondera, devemos afastar doenças como bexiga hiperativa, infecção urinária, litíase vesical e carcinoma in situ vesical.A resseção transuretral da próstata (RTUP). É o padrão-ouro no tratamento para a HBP. Aplicada a próstatas < 60 g, apresenta melhora em todos os parâmetros analisados: sintomas (85 a 90%), fluxo urinário (95%). Complicações, ao redor de 5%, podem ocorrer como hemorragia, síndrome da intoxicação hídrica, disfunção erétil (3%), ejaculação retrógrada (75%) e incontinência urinária (1%). A taxa de reintervenção cirúrgica em 10 anos é de 25%.


Incontinência urinária é definida como qualquer perda de urina. A incontinência urinária é mais frequente no sexo feminino e também aumenta com o decorrer da idade. Embora não leve a uma diminuição da sobrevida, a incontinência urinária compromete de forma significativa a qualidade de vida resultando em isolamento social, restrição ao trabalho e alteração do humor. Mulheres geralmente apresentam perdas urinárias decorrentes de esforço (IUE), de urgência (IUU) ou por uma associação destas duas condições denominadas incontinências urinárias mistas (IUM). A incontinência urinária de esforço (IUE) consiste na perda involuntária de urina durante situações em que ocorram aumentos da pressão abdominal (tosse, espirro, mudanças abruptas de posição, esforços físicos) na ausência de desejo miccional prévio. A incontinência urinária de urgência (IUU) consiste num súbito desejo de urinar sem que a paciente possa chegar ao banheiro resultando em incontinência urinária de urgência ou urge-incontinência. Em cerca de 30% dos pacientes ocorre uma associação dos sintomas de IUE com IUU caracterizando a incontinência urinária mista (IUM). Os sintomas desta condição incluem urgência, frequência, incontinência de urgência e de esforço. Atualmente, o tratamento da IUU feminina se baseia no uso de reabilitação pélvica tanto para a IUE como para a IUU e IUM. O tratamento farmacológico está indicado principalmente nos casos de IUU. Quando ocorre falha do tratamento oral, o uso de toxina botulínica intravesical pode ser uma boa alternativa. Nos casos de IUE, está indicado o tratamento fisioterápico e para casos selecionados o tratamento cirúrgico. Dentre as técnicas mais eficazes destacam-se os slings sintéticos tanto pela via suprapúbica como pela via transobturatória. Atualmente as terapias com aplicação de laser através de probe intra-vaginal vem ganhando espaço com resultados satisfatórios para tratamento de incontinência urinária, infecções urinárias de repetição e vaginismo.

A infecção urinária é uma patologia com grande prevalência na população, atingindo ambos os sexos, em todas as faixas etárias, sendo sempre consequente à contaminação de agentes agressores, exteriorizando-se com quadros clínicos simples e isolados, com pequena ou nenhuma repercussão clínica até quadros complexos, de extrema gravidade, associados a outras patologias, principalmente aquelas ligadas ao sistema urinário. Em relação à bacteriologia, verificamos predominância da Escherichia Coli em 80%, e algumas bactérias podem significar a presença de patologia específica, como o Proteus Mirabilis, ligado à presença de cálculo. As infecções urinárias simples, denominadas cistites, atingem o trato urinário inferior (uretra e bexiga) com pouca repercussão clínica. Porém, quando acompanhadas de febre e/ou dor lombar, indicam comprometimento do trato urinário superior, com queda do estado geral, sinalizando maior gravidade da infecção, em alguns pacientes com quadro séptico de difícil tratamento. O tratamento da infecção urinária objetiva a erradicação das bactérias presentes na urina, o que é feito com a utilização de agentes bactericidas, associada à correção dos possíveis fatores predisponentes da invasão bacteriana, desde o simples tratamento dos processos vaginais na mulher, normalização de quadros metabólicos alterados até a realização de cirurgias complexas para a correção de anomalias do sistema urinário. A escolha do agente bactericida varia principalmente com a gravidade do processo infeccioso, preferências individuais da classe médica e características necessárias a cada paciente, como o tempo e intensidade do tratamento. Atualmente, as drogas mais utilizadas são as quinolonas e recentemente passou-se a novamente valorizar o emprego da macrodantina, pela sua alta sensibilidade.

Distúrbios das glândulas adrenais resultam em síndromes endócrinas clássicas como síndrome de  Cushing, hiperaldosteronismo e excesso de catecolaminas por feocromocitoma. Tumores que acometem as glândulas adrenais no córtex e na medula atingem áreas de intensa atividade endócrina, podendo ter expressão metabólica expressiva. Muitas vezes, são difíceis de ser categorizados como benignos ou malignos tanto do ponto de vista clínico (por meio dos exames laboratoriais e de imagem) como no próprio exame anatomopatológico após sua remoção cirúrgica. Além dos tumores do tecido adrenal (cortical e medular), outras lesões também podem causar aumentos volumétricos da glândula.


Os cálculos ureterais causam grande sofrimento aos pacientes e seu tratamento implica muitas vezes em cirurgias que têm elevado custo e que necessitam de equipamentos especializados. Embora a fisiopatologia da litíase renal ainda seja repleta de questões e não exista um processo único e universal de formação que se aplique a todos os cálculos e pacientes, o modo como um mineral se acumula numa solução e se torna um cálculo clinicamente evidente parece ser semelhante. O melhor método diagnóstico para o cálculo ureteral é a tomografia computadorizada de abdome e pelve sem contraste. A tomografia computadorizada fornece dados fundamentais para a escolha do tratamento: tamanho do cálculo, localização, presença de hidronefrose associada, e densidade do cálculo. Como terapêutica existem vários métodos dentre eles: a terapia expulsiva, litotripsia extra-corpórea, litotripsia transureteroscópica (por dentro do ureter), litotripsia percutânea e também acesso por via laparoscópica.

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